segunda-feira, 21 de julho de 2008

ANTIGUIDADES NO BRASIL

AZUL POMBINHO
Com a denominação curiosa de ‘ azul pombinho’são conhecidas entre nós as louças inglesas em meia porcelana, norma
lmente em azul, cuja decoração é baseada na lenda chinesa do salgueiro, árvore sempre presente na decoração desta louça. Fabricada na Inglaterra desde 1858.A louça azul pombinho é uma meia porcelana, enquanto as porcelanas de Macau, que as vezes é confundida com esta são da melhor porcelana chinesa
A louça azul pombinho tem uma lenda: um certo mandarim tinha uma leal ed devotada filha, possuidora de rara beleza. Certo dia, em que descobre que ela estava apaixonada por um carteiro que lhe fazia a corte, e que era por ela correspondida , expulsa a filha de casa[observar a ponte à esquerda] e roga-lhe uma praga:ao ser trocado o primeiro beijo pelo casal, eles se transformariam em 2 pombos[parte superior do prato] A borda do prato é puramente oriental, embora a louça seja fabricada na Inglaterra. As peças mais antigas tem no seu anverso, em letras azuis a palavra ‘Stradforshire’. A mais recente tem a expressão’Wood ware’, dentro de uma reserva azul. As primeiras são raras e é considerado peça de colecionador.Cm este tipo de decoração foram feitas aparelhos de jantar, saladeiras e travessas de diversos tamanhos. Também aparelhos de chá e café.
JACOB PETIT

Com esta denominação genérica de ‘porcelana JACOB PETIT’ aparece hoje uma série de peças do gênero’Vieux Paris’assinadas na parte posterior, com letra em manuscrito, pintadas antes do banho final de esmalte; daí serem brilhantes Esclareço que Jacob petit não é marca de porcelana, e sim o nome do decorador que pintou estas peças As ‘veilleuses’, que são peças de porcelana composta de bule de chá, base e lamparina.O maior mérito deste decorador de porcelana é a dificuldade de se encontrar duas peças iguais, não em forma, pois ele as comprava prontas, mas sim pela diversidade de sua decoração. Seus trabalhos são únicos e seu bom gosto
inexcedível.
POTES DE FARMÁCIA
Estes potes, usados para guarda medicamentos, essências e outros produtos, estiveram em uso até a metade deste século nas farmácias, enfileirados, preenchiam sua finalidade e ao mesmo tempo decoravam as prateleiras. Os potes de farmácia , eram geralmente de fabricação francesa, em porcelana sem marca, com decoração de flores pássaros e frisos dourados, e conhecidos impropriamente pela denominação de ‘Vieus Paris’, Os potes numerados e escritos em latim tem mais valor quando encontrado aos pares.No começo deste século aparecem potes em ‘faience’, sem decoração alguma , onde eram pintados , às vezes em português, os nomes dos medicamentos, tais como: arsênico, creolina, jurubeba, pasta de açafrão ,tec.No Brasil , na época do Império apareceram potes de farmácia guarnecidos do brasão imperial. Esses potes foram de uso de algumas farmácias do Rio de Janeiro. Os potes mais raros são conhecidos como ‘tampa de coroa’, pelo fato de terem uma cobra enrolada em sua tampa.Estes potes ,geralmente de fabricação francesa aparecem também em opalina e em cristal leitoso, este último de fabricação portuguesa da antiga fábrica Vista Alegre .Estes potes aparecem nas cores azul safira, verde musgo, amarelo e branco simples.

WEDGEWOOD
Em 1759 Josiah Wedgewood fundou na Inglaterra, na localidade de Stafforshire, uma manufatura de porcelanas inspiradas nos motivos da antiguidade clássica. A manufatura de Wedgwood ficou famosa universalmente pelos seus trabalhos em fosco azul. A este tipo de material é dado o nome de ‘jaspe zul’, figuras gregas, vasos com flores.O jaspe azul foi usado para criar : placas para guarnecer móveis , peças comemorativas, Também existem na cor cinza, verde , alaranjado, , sendo o mais característicos os jaspes azuis.Também existem bule de chá, pequenas terrinas conhecida como ‘poterie creme’.A rainha Cherlotte era apreciadora deste tipo de louça.
SARREGUEMINES
Curiosas e extravagante aparecem no fila do século passado, uma ‘faience’ de uso utilitário e decorativo.A sua marca ‘in cravo’, isto é ,feitas em letras de forma gravado na própria ‘faience’, ainda sem cozimento e sem o banho final. Sopeiras e saladeiras aparecem de forma s gloriosas .Leiteiras e bules aparecem com forma de animais e pequenos objetos conhecidos como ‘trompe l oeil’ vão ser fabricados por esta
fábrica francesa: molhos de aspargos que se abrem pela metade e usados como caixa para guardanapos. Os mais curiosos objetos desta fábrica são os pratos coloridos, feito somente para uso em decoração são muito procurados por colecionadores.Raros e difíceis de serem encontradossão seus famosos cachepots [vasos para plantas ], que eram usados sobre coluna de igual desenho, e a própria fábrica de Cristofle, grande fabricantes de talheres, fizeram encomendas de peças Sarraguemines para completar seus trabalhos. De 1900 para os dias de hoje se apresentam com a palavra Sarraguemines escrita em letras manuscrita pintada. As antigas são belas e raras, procuradas incansavelmente nos antiquários .
PRATA SHEFFIELD
A característica da velha prata Sheffield, conhecida por nós como ‘old Sheffield , é a fusão de uma folha de prata e uma de cobre, por aquecimento e rotação. Em 1840 surgiu o ‘eletro prata’, processo no qual entram
o cobre e o ácido sulfúrico. Este sistema utiliza corrente elétrica, que prejudica um pouco a tonalidade da prata , o que não acontece no processo antigo..Atualmente , os objetos fabricados em Sheffield tem uma alta colocação no mercado internacional, e muitas vezes os objetos antigos, fabricados na mesma feitura, obtêm, preços mais elevados que os de prata verdadeira.Nos dias atuais muitas peças apresentam com gravações ‘Silver plate in copper’ e as iniciais do fabricante. Essas peças, no aspecto que, aliás, convencional, são de uso doméstico, sem a grande valorização num futuro distante , pois a industrialização através da máquina produz a série inimiga do seu enobrecimento.O nome Sheffield é proveniente de uma localidade inglesa, centro de ourives e prateiros dos mais importantes do país, desde o final do séculoXVII.
CHRISTOFLE
Nascido em Lion [
França] em 1805, Charles Christofle vai revolucionar a ourivesaria francesa, inventando a técnica de dourar e pratear metais utilizando a pilha voltaica, invendada pelo cientista italiano Alexandro Volta.Inspirado nos estilos franceses de gosto Luiz XV e Luiz XVI. Encomendas de toda parte do mundo eram feitas e é interessantíssima a cama encomendada por um marajá da Índia: toda em prata maciça e em gosto oriental, tem figuras de mulheres na cabeceira, que com leques grandes, se moviam como se o abanassem.Os maiores artistas plásticos trouxeram a sua colaboração para a fábrica.A Òpera de Paris possui, guarnecendo sua fachada, grupos de estátuas em bronze de fundição Christofle. Em Brasília , no palácio Alvorada, existe duas estátuas da mesma fábrica. Aqui também ,foram de uso corrente entre nós os faqueiros , serviços de chá e baixelas de mesa. O modelo mais usado entre nós foi o conhecido como ‘filet’, de forma arredondada e na sua extremidade dava uma idéia de coração. Existem também faqueiros mais requintados e de aspecto mais luxuoso . O ‘Marly’ no final do século passado era considerado pela própria fábrica o mais rico em detelhes e só era adquirido por encomenda.

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